Monday, July 18, 2005

Lá para Alguidares de Baixo...

Fiquei com os olhos a arder e com o pé inchado só de olhar para o relógio! Vê lá tu... - disse a minha avó quando eu me preparava para dormir... Não ouvi mais...
Até que chega o dia que vamos todos desopilar para a Venda da Gaita (ao pé da Picha; como quem vai de Castanheira de Pera para Pedrógão Grande pela EN - isto é verdade!!!!)
Lá faz-se muita coisa para além de recebermos uma boa dose de comida ("Então não comes mais? Só comeste duas doses de costeletas de porco preto!")
E, como não podia deixar de ser, vira-se o Tremoço: "Então e as loiras?!"

Thursday, July 14, 2005

Carreiras Polares II

Um caçador foi para o Alasca apanhar ursos. Depois de vários dias à espreita, avistou um urso grande, apontou e abateu o animal. Estava a pular dealegria, quando sentiu uma pancadinha no ombro. Era um urso maior ainda,sacudindo a cabeça em sinal de desaprovação.
- Não deverias ter feito isso. - disse o urso - Mataste um dos meus semelhantes, e agora vais ter de pagar. Preferes morrer ou ser violado?
Diante das circunstâncias, o caçador escolheu a segunda alternativa e baixou as calças, entregando-se ao animal. Sobreviveu, mas jurou vingança. Um ano depois, voltou ao Alasca disposto a matar o urso que o violentara. Avistou-o, apontou e abateu-o com um único tiro...
Logo sentiu uma pancadinha nas costas... Era outro urso, muito maior do que o que ele tinha matado. O bicho repetiu o discurso do ano anterior:
- Mataste um dos meus semelhantes e vai ter de pagar. Preferes morrer ou ser violado?
O caçador nem queria acreditar naquilo! A cena repetia-se! Baixou as calças e, jurando vingança, entregou-se ao vigor daquele animal monstruoso.
No ano seguinte, sedento duma desforra, voltou ao Alasca. Avistou o gigantesco urso que o comera, apontou e abateu o animal com um tiro certeiro... E sentiu outra pancadinha nas costas. Era um urso descomunal,que disse:
- Diz-me a verdade, não vens aqui pra caçar, pois não?

by: não sei quem me mandou

Monday, July 04, 2005

Poesia Alentejana IV

À Procura d'um caracoli


Tava eu tirando moncos
lá da cana do nariz
enquanto fazia uma mija
assim tipo chafariz.

Tinha a bexiga tã chêia
que fiquê lá uma hora
quando me assomê em volta
tinha ido tudo embora.

Sacudi o coiso e tal
enquanto coçava a bilha
de tal manêra atascado
que o entalê na braguilha.

Tirê as botas do lodo
que fizera na mijada
sacudi tamém as calças
sempre com ela entalada.

Pedi ajuda à Ti micas
que cerca dali morava
mas depilou-me os tomates
ca força com que a puxava.

Ensanguentado na pila
fui aos tombos pelo monti
vomitando quasi as tripas
nã sêi se queres que te conti.

Como comera dôs pães de quilo e um garrafão
p'rajudar a empurrare
na admira que tivesse
três horas a vomitare.

Detê-me na palha fresca
para ver se descansava
enterrê-me logo em bosta
de uma vaca que passava.

E foi assim que essa tarde
conheci um caracoli
os dois deitados na palha
c'os cornos a secare ao soli.